Episódio 7 – A Invasão de Luxfíria
Enquanto Bardo apodrecia numa cela dimensional, sua consciência vibrando num silêncio opressor de campo branco, Ari tomava as rédeas da insurreição. Mas não o fazia por honra, redenção ou liderança. Ari era o niilista supremo, movido por um único princípio: se tudo é vazio, que ao menos o vazio seja nosso. E com isso, a gangue seguiu, batizando suas máquinas com os nomes dos que se perderam no caminho, tatuando com brasas seus ideais nas carcaças do entremundos. Luxfíria era o alvo. A mais próspera colônia espiritual da região. Um paraíso artificial. Torres de cristal, cursos vibracionais de alto nível, terapias com sons cósmicos, banhos de luz filtrada e um sistema de segurança quase perfeito. Quase. Porque todo sistema tem brechas. E Ari conhecia um traidor. Hismael era um Corretor do Destino. Terno preto, mente organizada, alma vendida. Estava cansado da burocracia astral. Dos relatórios, da neutralidade, das mentiras. Começou a vazar rotas, mapas de vibração, códigos de acesso, arm...